Por anos vem tentando se descobrir por que os ofídios, como as cobras, perderam seus membros no decorrer das gerações, sendo isto ainda uma grande busca feita por herpetólogos(estudiosos sobre cobras) no mundo todo. A teoria mais aceita é a que as cobras evoluiram de lagartos varanídeos, que são répteis de grande porte carnívoros ou frugíveros. Possuem um metabolismo rápido, tendo em conta que são répteis, e sentidos de visão e olfato bastante apurados. A maioria das espécies pode deslocar-se com bastante rapidez. Os varanídeos são considerados como o grupo mais diferenciado dentro dos lagartos. Também há vestígios de varanídeos marinhos por volta do período Cetáceo.
A primeira teoria da evolução surgiu em 1997, quando paleontólogos encontraram em Israel, fósseis do que seriam cobras com patas traseiras de 95 milhões de anos o que poderia ser um possível elo com os mosassauros, sugerindo que as cobras provinham do meio aquático.
Haasiophis terrasanctus, como foi chamado o primeiro fóssil
No entanto o brasileiro Hussam Zaher,pesquisador do museu de Zoologia da USP discorda dessa da teoria. Zaher mostrou que o fóssil encontrado não seria então o elo perdido, concluiu com pesquisas que seria um ser mais evolucionariamente próximo de cobras atuais, como a jibóia, a cascavel ou a píton. Essas pesquisas publicadas em onze artigos no ano de 2000 mostrou que a evolução desse grupo de animais é bem mais complexa do que se pensa. Zaher fala que encontrou diversas inconsistências no artigo, vendo que não foram consideradas características cranianas, e uma vez verificadas, mostraram que o crânio era projetado para engolir presas inteiras, de médio e grande porte, bem maiores que suas cabeças. Mesmo sendo muito criticado por não ter levado em conta outras partes do corpo do fóssil, a sua teoria ainda é muito apoiada.
No entanto surge uma nova teoria, a de que as cobras teriam sua origem dos varanídeos, que são lagartos como o dragão de komodo. Experimentos feitos sugerem que, ao locomover-se em terra, o lagarto monitor, espécime usado na experiência, desloca-se como qualquer outro lagarto, fazendo acentuadas curvas em S. Tal espécime posto na água, comporta-se de modo a colocar as patas grudadas ao corpo e nada com um movimento semelhante a de uma cobra. Isso sugere que por necessidade, falta de alimento ou muitos predadores , esses lagartos viriam a entrar na água em busca de proteção e alimentação. No decorrer das gerações, ele teria perdido as patas, que seriam inúteis no meio aquático e adquirido o formato sinuoso das cobras. No entanto, são apenas teorias que tentam esclarecer de onde esses animais vieram. Ainda há fósseis a serem descobertos e muito a ser estudado.
a das cobras além de possuir um corpo alongado.
Muito interessante este texto, porém ainda faltam peças neste quebra cabeça evolutivo, talvez a busca por fósseis de seres intermediários, que demonstrem maiores similaridades com a morfologia das serpentes ou até mesmo dos lagartos.
ResponderExcluirSegundo o texto "Zaher fala que encontrou diversas inconsistências no artigo, vendo que não foram consideradas características cranianas, e uma vez verificadas, mostraram que o crânio era projetado para engolir presas inteiras, de médio e grande porte, bem maiores que suas cabeças. Mesmo sendo muito criticado por não ter levado em conta outras partes do corpo do fóssil, a sua teoria ainda é muito apoiada."
Queridos alunos,
O texto que segue acima, destaca uma forte relação entre a morfofisiologia dos seres, vinculada a seu bioma de origem, mas faltam dados para se concluir uma teoria.
Comentem !!!
Fiz toda uma pesquisa atrás disso e ainda tem uma longa história, como da vez que foram encontrados dois fósseis, só que um não tinha um pedaço da cauda, e o outro tinha uma cabeça pequena. Foram dados nomes diferentes para cada fóssil, sendo que depois foi descoberto que foi o mesmo fóssil, de um único animal. O artigo é bem sintético porque existiam muitos termos, assuntos que ainda não podia se entender muito bem sem um estudo mais aprofundado.
ExcluirObg por comentar.